Cortejos de blocos afros nas ruas do Pelourinho

Pelourinho, Centro Histórico de Salvador, Bahia
Cidade da Música
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Didá Banda Feminina. Pelourinho Salvador Bahia. Foto: Amanda Oliveira.

“AfroCortejos” na programação do Cole no Centro

Para você que ama os cortejos dos blocos afros de Salvador, fique sabendo que a partir de outubro de 2023 tem apresentações regulares de vários grupos pelas ruas do Pelourinho. Os blocos afros e afoxés são muito mais do que desfiles coloridos e coreografias contagiantes. Eles são uma manifestação artística que ecoa a resistência, a religiosidade e a força de um povo.

Os ritmos envolventes dos tambores são um convite a todos para uma jornada mágica pelas crenças e histórias que moldaram a identidade baiana. A semana é sempre recheada de shows e cortejos com grandes atrações que valorizam a cultura afro, levando gratuitamente boa música para baianos e turistas. Imperdível! Saiba mais neste link.

Veja a programação:

Sábados – Banda Didá

A animação nos sábados fica a cargo da banda Didá, que se apresenta às 16h na Rua Maciel de Cima, 19.

Domingos – Filhos de Gandhy

Já nos domingos, a programação tem show e cortejo dos Filhos de Gandhy, com saída da sede do bloco, na Rua Maciel de Baixo, 53, às 16h.

Segunda-feira – Cortejo Afro

O Cortejo Afro agita o “segundou”, com apresentações, a partir das 16h, na sede situada na Rua Santa Isabel, 6, no Pelourinho.

Quarta-feira – Muzenza

O grupo Muzenza dá início ao cortejo na sede do bloco, na Rua das Laranjeiras, 22, na quarta-feira, a partir das 16h, e depois ganha as ruas do Pelourinho.

Quinta-feira – banda d’A Mulherada

No dia seguinte, quinta-feira, e no mesmo horário, a banda d’A Mulherada se reúne na sede da instituição, na Rua do Tesouro, 39, e segue em desfile pelo Centro Histórico.

Saiba mais sobre os blocos

A programação dos “AfroCortejos” marca o retorno do Cole no Centro, iniciativa criada no Carnaval de 2023 que foca na reocupação do Distrito Cultural do Centro Histórico e Comércio de Salvador, com ações de fomento à cultura e valorização da economia regional. Saiba mais neste link.

Associação Educativa e Cultural Didá

A primeira banda de percussão formada só por mulheres negras no Brasil foi fundada em dezembro de 1993 pelo criador do samba-reggae, o mestre de bateria com atuação no Olodum e no Ilê Aiyê Neguinho do Samba (1945-2009), que resolveu agir diante da ausência de mulheres no universo da percussão e enfrentar o racismo criando a Associação Educativa e Cultural Didá. Saiba mais neste link.

Afoxé Filhos de Gandhy

No Carnaval, qualquer trio que estiver passando desliga o som quando o maior afoxé da folia baiana, o Filhos de Gandhy, desponta, fazendo o desfile do “tapete branco”. A agremiação, fundada por estivadores do Porto de Salvador em fevereiro de 1949, foi inspirada nos princípios de não violência e paz do ativista indiano Mahatma Gandhi e tem também como característica todo repertório com o ritmo africano ijexá, de origem nigeriana, e cânticos em iorubá. Saiba mais neste link.

Cortejo Afro

O Cortejo Afro nasceu em 2 de julho de 1998, idealizado pelo artista plástico Alberto Pitta, que desenvolve trabalhos ligados à estética e à cultura africana há mais de 40 anos, sob a liderança espiritual da ialorixá do Ilê Axé Oyá, Anizia da Rocha Pitta, Mãe Santinha. A cada verão, uma batida com ritmos africanos mesclados às batidas eletrônicas e ao pop toma conta das noites de segunda-feira no Pelourinho. São os ensaios do Cortejo Afro, que recebe a cada edição artistas de expressão local e nacional, que se apresentam junto com o grupo percussivo. Saiba mais neste link.

Muzenza

A batida da sua percussão imponente, com base no samba-reggae, tem identidade. É a assinatura identificada por qualquer amante do gênero musical que estreou no Carnaval de Salvador pela agremiação, o Bloco Afro Muzenza – também conhecido como o “Bloco do Reggae” ou “Muzenza do Reggae”. A ala de dança, outro ponto forte, prende a atenção de quem espera o bloco passar e teve a fama construída e consolidada sob o comando do bailarino e coreógrafo Augusto Omolú (1963-2013). Saiba mais neste link.

Banda d’A Mulherada

O Instituto A Mulherada é uma entidade do movimento negro de mulheres fundada em 2001 a partir da identificação das demandas de suas integrantes e da situação de vulnerabilidade social da população feminina de Salvador. Na luta pela promoção e preservação da cultura afrodescendente, os entes que integram o instituto são: o bloco afro A Mulherada (que exalta a ancestralidade africana e as mulheres negras), a banda percussiva (formada por jovens de 14 a 17 anos) e a banda-show. Saiba mais neste link.

Superdica:

Assista! “Afros e Afoxés: A revolução do tambor”, uma série documental do Salvador Capital Afro sobre blocos afros e afoxés. A história, os bastidores e a contribuição de cada entidade para a resistência da herança ancestral no Carnaval. Veja todos os episódios neste link.