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Bloco Afro Didá

Marco histórico das mulheres na percussão no Brasil

A primeira banda de percussão formada só por mulheres negras no Brasil foi fundada em dezembro de 1993 pelo criador do samba-reggae, o mestre de bateria com atuação no Olodum e no Ilê Aiyê Neguinho do Samba (1945-2009), que resolveu agir diante da ausência de mulheres no universo da percussão e enfrentar o racismo criando a Associação Educativa e Cultural Didá.

A provocação veio de Adriana Portela, que, na época, questionou o fato da existência de poucas mulheres no Olodum. Hoje maestrina, ela se tornou a primeira mulher a reger um bloco afro no país, à frente da Didá, nome da língua iorubá que significa ‘o poder da criação’. A estreia do grupo, marco histórico das mulheres na percussão no Brasil, aconteceu durante a Lavagem do Bonfim de 1994, quando também participou da entrega das chaves da cidade para o Rei Momo na abertura do Carnaval de Salvador. No ano seguinte, o bloco composto apenas por mulheres desfilou pela primeira vez com 100 integrantes e chegou a duas mil em 1996.

Ao longo da trajetória, o grupo já passou por países como El Salvador, Espanha, Estados Unidos, França, República Dominicana e Ucrânia, sem contar o show de encerramento da Copa do Mundo 2014 e a participação na trilha sonora do filme “Tieta do Agreste”. As ações sociais realizadas pela entidade aliam arte e educação com foco nas questões raciais e de gênero, com oficinas gratuitas de confecção de instrumentos, canto, dança, jazz, teatro, capoeira, percussão e aulas de música, entre outras, para mulheres e crianças. É o samba-reggae como instrumento de transformação social.

Serviço:

Bloco Afro Didá
Endereço: Rua Maciel de Cima, 19 – Pelourinho
Instagram: @didabandafeminina
Facebook: Banda Didá
Telefone: (71) 3321-5135