Salvador por Soteropolitanos: Itapuã

1 horas - 2 horas
Roteiros
Salvador por Soteropolitanos. Itapuã.
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Salvador por Soteropolitanos. Itapuã.

Websérie percorre Salvador mostrando experiências com o olhar dos próprios soteropolitanos

Do Farol de Itapuã às dunas

Salvador por Soteropolitanos te leva pela cidade mostrando pequenas-grandes experiências diárias. Percorremos várias localidades como Pelourinho, Barra, Itapuã, Cidade Baixa, Rio Vermelho e Subúrbio conhecendo pessoas e a relação de cada um com a cidade e, assim, descobrindo (ou redescobrindo) esta bela Salvador.

Salvador por Soteropolitanos

O que queremos é te inspirar e fazer com que, depois de assistir, você pegue sua máscara e o álcool 70° e vá conhecer sua própria cidade. Se você não é daqui, faça esse passeio com o olhar dos próprios soteropolitanos. Neste roteiro, vamos com você do Farol de Itapuã às dunas. Reunimos aqui todas as dicas e informações importantes para um turismo consciente.

“É um lugar diferente, com uma identidade própria. Um vende coco, outro vende acarajé, outro vende cocada. Um tem um boteco, o pescador, a marisqueira, são culturas que são daqui, são nossas mesmo, esse povo é um povo resistente.” – Jorge Onofre – Seu Mamão, proprietário do Bar do Mamão

Farol de Itapuã

Salvador por Soteropolitanos. Itapuã.

Acordar cedo para ver os pescadores na puxada de rede, checar a tábua de maré para curtir as piscinas naturais que se formam na maré seca e ainda aproveitar para praticar SUP ou Windsurf. Coqueiros na praia, cheiro salgado de maresia e, para completar o cenário, o Farol de Itapuã, cartão postal de Salvador.

“Adoro fazer tudo que eu faço, de uma maneira mais simples, mais verdadeira, e com amor, com respeito, essa conexão, essa ancestralidade, o dia a dia aqui em Itapuã, é alegria, é cultura, e uma tarde só não basta.” – Pio Filho, Fotógrafo.

Em 1823, o Farol de Itapuã foi inaugurado. Instalado na Pedra Piraboca, o farol tem 21 metros de altura, apresenta a forma de uma torre, toda em ferro fundido, para orientar os navegantes na região de mar calmo, mas repleto de rochedos. Junto com os bancos de areia desta região, os rochedos causaram diversos naufrágios até que o farol foi erguido para alertar sobre estes perigos.

Desde 1950, ele tem a cor atual: branco e vermelho. Além de útil para a navegação, ele também virou cenário. O Farol de Itapuã pode alcançar, com sua luz branca, aproximadamente 30 quilômetros (15 milhas náuticas).

Depois da foto icônica no farol, dê um passeio pela orla caminhando ou de bicicleta. A ciclovia de Itapuã está linda! Aproveite para tirar muitas fotos na via que mais parece um “tapete vermelho”.

Um roteiro de ciclovias para curtir Salvador

Memorial Casa di Vina

Salvador por Soteropolitanos. Itapuã.

Preservada em sua arquitetura original, a casa hoje abriga o Memorial Casa di Vina, aberto gratuitamente ao público, onde estão expostos objetos, fotos e documentos da história do casal e da pouco conhecida passagem do poeta pela Bahia.

“A Casa di Vina, como apelidavam os amigos de Vinicius, ela era frequentada por artistas e foi um reduto de grandes parcerias. Berço de famosas canções, como “Tarde em Itapuã”, por exemplo, e parte, né, da vasta e importante obra deixada pelo poeta.”, Luisa Proserpio, curadora do Museu Casa Di Vina

Na visita, podem ainda ser apreciadas antigas esculturas e azulejos do artista plástico Udo Knoff e o painel pintado por Bel Borba em homenagem à amizade de Vinicius com o pintor Calasans Neto. O acervo foi gentilmente cedido por Gessy Gesse. Saiba tudo neste link.

Casa di Vina

Estátua de Vinícius de Moraes

Aproveite e estique um pouquinho o passeio para conhecer o monumento em homenagem a Vinícius de Moraes, na praça que leva o nome do artista. Este monumento é de autoria do artista plástico baiano Juarez Paraíso e contou com a colaboração de Márcia Magno, Renato Viana e Paula Magno. A praça foi inaugurada em 2003, ano em que ele faria 90 anos.

A escultura de Vinícius, em bronze, tem tamanho natural e está localizada perto do Farol de Itapuã. Uma cadeira vazia, ao lado, convida os visitantes a tirarem fotos junto ao poeta. Na praça, estão também dez totens de 0,90 x 1,60, onde estão gravadas algumas de suas composições.

Parque das Dunas

Parque das Dunas. Foto: Amanda Oliveira.

Neste lugar, você vai cruzar com diversas espécies de insetos, aves, anfíbios e répteis. Siiiim!!! Lá tem uma variedade de cobras, aranhas, sapos, corujas e lagartos. Tem aventura, contato direto com a natureza e uma verdadeira aula sobre biodiversidade.

“As nossas caminhadas no Parque das Dunas, todo mundo acha que vai ser uma caminhada desconfortável. Na verdade, não. Nós vamos caminhar pelo sol, bem pouco. Nós vamos caminhar pelas árvores de pequeno porte e de grande porte também. Então você vai ter um aconchego, um microclima acontecendo aqui no Parque das Dunas.” – Jorge Santana, Gestor do Parque das Dunas

O Parque das Dunas, em Salvador, é o maior parque urbano de dunas, lagoas e restingas do Brasil. O passeio envolve educação, meio ambiente e ecoturismo, além de flora e fauna exuberantes.

Parque das Dunas

Esportes Náuticos

Salvador por Soteropolitanos. Itapuã.

A Rua da Música – também conhecida como Rua K – era muito frequentada por artistas, músicos e esportistas de Salvador nos anos 70 e 80. Até hoje, é o ponto de encontro para esportistas em geral e para quem quer praticar Windsurf e S.U.P.

“Itapuã é o bairro perfeito pro esporte náutico, porque aqui você tem uma gama de opções pra praticar, você tem a natação, você tem o mergulho, você tem o surf, você tem a remada de stand up, a remada de canoa havaiana. É gostoso, o bairro é gostoso demais, não tem jeito.” – Seu Reizinho, instrutor de esportes náuticos.

Para quem está apenas acompanhando os esportistas – mas o que procura mesmo é um bom lugar para relaxar – o mar calmo de ondas médias da Praia de Itapuã é banhado pelo oceano Atlântico com água cor de esmeralda. Em determinados pontos da água, existem grandes pedras que formam piscinas naturais. Boa programação para todos!

Praia de Itapuã

Bar do Mamão

Salvador por Soteropolitanos. Itapuã.

Não tem como pisar neste chão, sentir o cheiro de dendê e não querer comer um acarajé, especialidade gastronômica das culinárias africana e afro-brasileira amada pelos baianos e turistas. E Itapuã é um dos bairros símbolos do quitute. Mas este bairro tem um esconderijo que vale demais conhecer, o Bar e Restaurante do Mamão, não só pela comida gostosa, mas também para conhecer o seu Jorge, o dono, colecionador de vinis, que tem mais de 3 mil discos no estabelecimento.

“O que atrai muita gente pro bar, além do meu tira-gosto? Bom atendimento, etc, a música e um souvenir, porque o cara não se alimenta só de comida, ele se alimenta pelo ouvido também, sabe? A gente pede um tira-gosto, aí ouve uma boa música, a comida desce bem, acho que até o próprio organismo reage, é um casamento perfeito.” – Jorge Onofre – Seu Mamão, proprietário do Bar do Mamão

O local é muito aconchegante, com mesas embaixo das árvores, e você almoça ao som de Moraes Moreira, Chico Buarque, Gal Costa, Gerônimo, Geraldo Azevedo, Baden Powell e muitos outros, saídos direto da vitrola.

Rodas de capoeira

Salvador por Soteropolitanos. Itapuã.

Itapuã é um dos bairros de maior tradição artístico-cultural de Salvador, com dezenas de bens e patrimônios imateriais. Segundo o relatório “A Capoeira em Salvador”, da Fundação Gregório de Mattos, o território que abriga Itapuã é o segundo da região soteropolitana com maior presença de rodas que se formam de ponta a ponta no bairro.

“Existe uma conexão de Itapuã e a capoeira, desde o início, que isso aqui ainda era uma vila. Povos negros que vieram morar aqui, pescadores, né? Quituteiras, lavadeiras… então essas são as pessoas que vêm construindo a comunidade, com a característica bem própria, né? Eu represento Itapuã através da minha arte, dessa cultura que é a capoeira, a gente representa Itapuã, representamos a Bahia, Salvador e o Brasil. Eu me sinto parte desse movimento.” – Mestre Tyco, Capoeirista/Capoeira

Lôro Pedra do Sal

Um pouco distante da orla, indo um pouco mais para dentro do bairro, se localiza a Lagoa do Abaeté, um símbolo da cidade. Ao redor da lagoa, existe o Parque Metropolitano Lagoas e Dunas do Abaeté, inaugurado em 1993.

Muitas lendas surgiram em torno das águas escuras e areias branquinhas de imensas dunas. A lagoa de água doce de Itapuã, escondida em meio a belezas naturais, é reverenciada como sagrada pelos adeptos do candomblé.

Cuidados importantes

Com a pandemia da covid-19, a capital baiana vem se adaptando a este novo normal. Durante os passeios, os visitantes devem estar atentos para o uso da máscara, álcool 70º e manter um distanciamento seguro de outras pessoas.

Ligue antes para os locais a serem visitados e procure saber sobre os protocolos de segurança para evitar contaminação.

Este é o Plano de Retomada das Atividades em Salvador. Entenda todos os protocolos de funcionamento neste link.