Destino indispensável para quem quer uma imersão em Salvador
Reconhecido nacional e internacionalmente, o Teatro Castro Alves completou meio século de existência em 2017. Patrimônio nacional, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2014, o TCA é palco de importantes espetáculos locais, nacionais e internacionais das mais variadas linguagens artísticas, além de ser responsável por uma série de atividades formativas e de abrigar outras diversas atividades artístico-culturais.
Com sua arquitetura vanguardista, já foi considerada a casa de espetáculos mais completa das Américas, dispondo dos mais modernos equipamentos. Em 1958, cinco dias antes da sua abertura oficial, o bloco principal do TCA foi destruído por um incêndio de causas desconhecidas, deixando a população baiana em estado de choque. A Concha Acústica não foi atingida pelo incêndio, sendo inaugurada em abril de 1959.
O processo de reconstrução do TCA durou nove anos. E nas cinzas físicas e políticas do período da Ditadura Militar, nasceu ali a vanguarda do teatro brasileiro. Lina Bo Bardi, com uma atitude ousada e inovadora, subverteu a lógica de ocupação do Teatro, fazendo das ruínas o cenário da renomada “Opera dos Três Tostões”, de Martim Gonçalves, baseado na obra de Bertold Brecht. O Teatro Castro Alves foi oficialmente inaugurado em noite de gala no dia 4 de março de 1967 e, entre muitos grandes nomes que se apresentaram, estava o cantor e compositor baiano Dorival Caymmi.
Nos últimos anos, mais que um teatro, o TCA consolidou-se como um centro cultural vivo e dinâmico. Atualmente, o Complexo tem pretendido ser espelho de diretrizes públicas democráticas, que permitam sua integração cada dia mais profunda com a sociedade. Somente entre 2015 e 2016, passaram quase meio milhão de espectadores, nas mais de 300 apresentações realizadas na Sala Principal e na recém-reinaugurada Concha Acústica. Mas esses números revelam apenas uma parte do que representa o TCA para a cultura baiana.
O novo TCA tem espaços requalificados, como a Sala Principal, Sala do Coro, Concha Acústica, Foyer, Centro Técnico, Vão Livre, Jardim Suspenso e o Café Teatro. Também tem muitos projetos de peso, como: a Série TCA, que tem a proposta de inserir Salvador no circuito de grandes espetáculos internacionais; o Núcleo de Teatro, que foi criado em 1995 para conectar o Teatro Castro Alves com o cenário das artes cênicas em todas as suas instâncias e dimensões; o Conversas Plugadas, com o princípio de aproveitar a pauta de espetáculos da cidade para proporcionar ao corpo técnico do TCA e à classe artística baiana o contato direto com grandes nomes das artes em âmbito nacional e internacional; e o Domingo no TCA, que proporciona à população baiana amplo acesso a espetáculos de qualidade com ingressos a preço de R$ 1,00.
Além disso, há apresentações que são clássicos da cidade. Tanto moradores quanto visitantes não podem deixar de ir, sempre com uma bela apresentação! Os Corpos Estáveis são: a OSBA – Orquestra Sinfônica da Bahia, criada em 1982. Desde 2011, o posto de regente titular e curador artístico da OSBA é ocupado pelo maestro Carlos Prazeres. Assim surgiram as Séries Jorge Amado, Carybé, Manuel Inácio da Costa e Glauber Rocha; outro é o BTCA – primeira companhia pública de dança do Norte e Nordeste e quinta do país, o Balé do Teatro Castro Alves (BTCA) foi fundado em 1981 e tornou-se referência de dança moderna e contemporânea. Atualmente com um corpo artístico formado por 36 bailarinos e sob a direção artística de Antrifo Sanches, o BTCA conta com mais de 70 montagens em seu repertório, sendo uma presença destacada no cenário da dança nacional e internacional.
Ainda há o Centro Técnico, o que vale saber muito mais neste link.
Fotos do espaço: Fábio Marconi