Temporada de baleias em Salvador

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Tudo que você precisa saber para ter a melhor experiência em turismo de observação

Uma das melhores coisas ao “turistar” é conhecer novos lugares e viver experiências inesquecíveis. Em Salvador, um dia lindo de sol de frente para o mar pode proporcionar mais do que um banho de mar em águas mornas e cristalinas. Você pode dar a sorte de ver uma baleia-jubarte dando um rolê lá no horizonte!

Isso porque, entre os meses de julho e outubro, é possível fazer turismo de observação de baleias na capital baiana. Nesse período, as fêmeas saem da Antártica à procura de águas mais quentes e calmas para ter os seus filhotes, amamentá-los e realizar os seus rituais de acasalamento.

O Projeto Baleia Jubarte, em parceria com a Prefeitura, por meio das Secretarias Municipais de Cultura e Turismo (Secult) e de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-estar e Proteção Animal (Secis), vão realizar uma série de ações para fomentar o turismo de observação de baleias. O Visit Salvador da Bahia preparou uma lista com dicas imperdíveis para moradores e turistas explorarem ao máximo este momento.

Ponto fixo de observação

Em 2023, foi montado mais uma vez o ponto fixo de observação no Museu Náutico da Bahia, no Farol da Barra. As equipes do Projeto Baleia Jubarte permanecerão por lá até o dia 15 de outubro, fazendo a observação das baleias do alto da torre do Farol da Barra e dando a oportunidade aos visitantes de participarem da busca ativa com binóculos cedidos pela equipe, em uma experiência conhecida como ciência cidadã. No local, também serão realizadas atividades como palestras e oficinas, atendimentos especiais para instituições de ensino e pesquisa. Saiba mais neste link.

Fotos de tirar o fôlego

Também no Farol da Barra, está a exposição fotográfica “Baleias Urbanas Soteropolitanas”, que mostra a relação entre Salvador e as baleias. Na exposição, podem ser vistas diversas imagens, a maioria inéditas, de vários comportamentos das jubartes que frequentam a costa de Salvador e região metropolitana, onde o Projeto Baleia Jubarte está presente há 22 anos, com sua base de pesquisa e centro de educação ambiental localizados na Praia do Forte. Junto com as fotos, estará exposta uma réplica de cauda de jubarte em tamanho natural, de uma baleia conhecida dos pesquisadores, apelidada de “Feijão” pela marca que exibe. Saiba mais neste link.

Passeios de barco para o avistamento de baleias

Além do ponto fixo de observação, duas operadoras de turismo credenciadas, parceiras do Projeto Baleia Jubarte, irão operar o turismo de observação de baleias na capital: a Shark Dive Centro de Mergulho (@sharkdive) e a Luck Receptivo Salvador (@luckreceptivo). Essas operadoras seguem a legislação vigente para a atividade e suas equipes são treinadas pelo projeto. Nas saídas de observação, a equipe do Projeto se faz presente, realizando uma rápida palestra sobre as baleias, acompanhando no mar para esclarecer dúvidas dos visitantes e coletando dados científicos.

Curiosidades

Segundo o coordenador do Projeto Baleia Jubarte e doutor em Ciência Animal pela UFBA, Gustavo Rodamilans, a estimativa da população de baleias na costa brasileira é de 30 mil. Os filhotes das baleias são totalmente dependentes das mães e se alimentam com cerca de 80 a 100 litros de leite por dia. Os filhotes já nascem com quatro metros e uma tonelada. Além disso, Gustavo ressalta que as mamães baleias têm uma relação parental muito forte com os seus filhotes. Nos primeiros seis meses, eles são mantidos o tempo todo por perto e se alimentam exclusivamente de leite. Só depois desse período, esses filhotes começam a se alimentar de pequenos peixes.

Migração

As baleias-jubarte são animais altamente migratórios, isto é, percorrem grandes distâncias regularmente para completar seu ciclo de vida. A população que se reproduz ao longo da costa brasileira migra anualmente para os mares antárticos – uma jornada de ida e volta de quase 9.000 Km! Saiba mais neste link.

Saltos monumentais

Agora imagine um ser que pode atingir até 16 metros de comprimento e pesar cerca de 40 toneladas pular bem na sua frente, durante um passeio de barco. Em um salto total, a jubarte pode projetar mais de 2/3 de seu corpo para fora da água. Outro fato curioso é que nos grupos de fêmeas com suas crias, algumas vezes os saltos são sincronizados entre mãe e filhote. Saiba mais neste link.

Saiba mais sobre a temporada de baleias-jubarte

O ponto fixo de observação em Salvador foi montado no Farol da Barra no ano passado e permitiu 577 avistagens de baleias. Além disso, o Projeto Baleia Jubarte registrou 44 mil visitas à exposição Baleias Urbanas Soteropolitanas e mais de 5 mil participações em palestras, na ciência cidadã e atendimentos a grupos.

Normas – A Portaria do Ibama Nº 117/96 estabelece regras de prevenção dos cetáceos encontrados em áreas brasileiras. Entre as normas, é necessário manter uma distância de 100 metros das baleias e desengrenar o motor da embarcação. No caso de algumas espécies, determina-se desligar o motor ou deixá-lo no neutro. Além disso, é proibida a prática de mergulho ou natação, com ou sem o auxílio de equipamentos, a uma distância inferior a 50 metros de baleia de qualquer espécie.

As proibições estão presentes no Manual de Boas Práticas de Observação de Baleias, disponível no site do Projeto Baleia Jubarte. O material também foi impresso por meio de uma parceria entre o Projeto Baleia Jubarte e a Prefeitura de Salvador e em seguida distribuído no meio náutico, inclusive marinas, portos e guarderias de canoas havaianas.

Em caso de encalhe – Gustavo Rodamilans alerta ainda que em caso de encalhe na região que vai de Ilhéus até a divisa com Sergipe, a população deve entrar em contato com o projeto por meio do número de telefone: (71)996572056. Considerando a população de 30 mil baleias, o número de encalhes anuais é pequeno. No ano passado, foram registrados 108 ao longo de todo o ano.

Mais detalhes neste link.