Baianas de Acarajé

Gastronomia
Baianas do Senac Pelourinho, Salvador, Bahia Foto: Amanda Oliveira.
Museu das Baianas. Pelourinho, Salvador, Bahia. Foto: Amanda Oliveira.
Abará. Salvador, Bahia Foto: Amanda Oliveira.
Acarajé. Salvador, Bahia Foto: Amanda Oliveira.
Acarajé. Salvador, Bahia Foto: Amanda Oliveira.
Museu das Baianas. Pelourinho, Salvador, Bahia. Foto: Amanda Oliveira.
Acarajé. Salvador, Bahia Foto: Amanda Oliveira.
Museu das Baianas. Pelourinho, Salvador, Bahia. Foto: Amanda Oliveira.
Museu das Baianas. Pelourinho, Salvador, Bahia. Foto: Amanda Oliveira.
Museu das Baianas. Pelourinho, Salvador, Bahia. Foto: Amanda Oliveira.
Museu das Baianas. Pelourinho, Salvador, Bahia. Foto: Amanda Oliveira.
Museu das Baianas. Pelourinho, Salvador, Bahia. Foto: Amanda Oliveira.
Museu das Baianas. Pelourinho, Salvador, Bahia. Foto: Amanda Oliveira.
Museu das Baianas. Pelourinho, Salvador, Bahia. Foto: Amanda Oliveira.
Museu das Baianas. Pelourinho, Salvador, Bahia. Foto: Amanda Oliveira.
Museu das Baianas. Pelourinho, Salvador, Bahia. Foto: Amanda Oliveira.
Museu das Baianas. Pelourinho, Salvador, Bahia. Foto: Amanda Oliveira.
Museu das Baianas. Pelourinho, Salvador, Bahia. Foto: Amanda Oliveira.
Museu das Baianas. Pelourinho, Salvador, Bahia. Foto: Amanda Oliveira.
Baianas do Senac Pelourinho, Salvador, Bahia Foto: Amanda Oliveira.
Acarajé da Dinha no Rio Vermelho. Salvador, Bahia Foto: Amanda Oliveira.
Acarajé da Dinha no Rio Vermelho. Salvador, Bahia Foto: Amanda Oliveira.
Acarajé da Dinha no Rio Vermelho. Salvador, Bahia Foto: Amanda Oliveira.
Acarajé da Dinha Rio Vermelho Salvador Bahia Foto Amanda Oliveira .
Acarajé da Dinha no Rio Vermelho. Salvador, Bahia Foto: Amanda Oliveira.
Baianas do Senac Pelourinho, Salvador, Bahia Foto: Amanda Oliveira.
Baianas do Senac Pelourinho, Salvador, Bahia Foto: Amanda Oliveira.

Por onde você passar, lá elas vão estar. É comum a baiana de acarajé ser a primeira pessoa que um visitante tem contato ao chegar. São elas que apresentam a cidade, os costumes e os sabores de Salvador. As Baianas de Acarajé são memória histórica e afetiva da Bahia. A atividade de produção e comércio da iguaria é predominantemente feminina, e encontra-se nos espaços públicos, principalmente praças, ruas, feiras da cidade e orla marítima, como também nas festas de largo e outras celebrações que marcam a cultura da cidade. A indumentária das baianas, característica dos ritos do candomblé, constitui também um forte elemento de identificação desse ofício, sendo composta por turbantes, panos e colares de conta que simbolizam a iniciação religiosa das baianas.

Foto: Amanda Oliveira.

Em 4 de agosto de 2000, instituiu-se o registro do Ofício das Baianas de Acarajé como Patrimônio Cultural do Brasil, no Livro dos Saberes. Foi ato público de reconhecimento da importância do legado dos ancestrais africanos no processo histórico de formação de nossa sociedade e do valor patrimonial de complexo universal cultural. Isto é também expresso por meio do saber dos que mantêm vivo esse ofício. O registro tem sempre como referência a continuidade histórica do bem cultural e sua relevância para a memória, identidade e formação da sociedade brasileira.

Foto: Amanda Oliveira.

O Dia Nacional da Baiana de Acarajé é comemorado anualmente em 25 de novembro. A data homenageia a importância histórica e cultural da figura da baiana do acarajé, nome dado às mulheres que se dedicam à produção e venda dessa iguaria típica da Bahia. Rita Santos, uma das 12 coordenadoras nacionais da Associação das Baianas de Acarajé e que está à frente do Memorial das Baianas de Acarajé, explica:

“Tudo começou no simbólico. As mulheres escravizadas vendiam acarajé para comprar alforrias. Na segunda etapa, foram as baianas indo para a rua para mercar o acarajé para fazer suas obrigações nos terreiros, normalmente as filhas de Oiá (não poderia ser qualquer pessoa). Com o passar do tempo, se viu que, com aquele bolinho, ela poderia sustentar a família, foi quando o acarajé foi para a rua ser comercial. Ele é comercial, mas na minha cabeça ele ainda é simbólico por continuar sendo do terreiro, continua sendo sagrado. O acarajé é uma oferenda para Iansã e o abará é uma oferenda de Xangô”.

Tem um conjunto de sentidos atribuídos pela sociedade local e nacional a esse elemento simbólico constituinte da identidade baiana. A feitura das comidas de baiana constitui uma prática cultural da longa continuidade histórica, reiterada no cotidiano dos ritos do candomblé e constituinte de forte fator de identidade na cidade de Salvador. Tudo isso faz da baiana de acarajé um bem cultural.

O Memorial das Baianas de Acarajé

Museu das Baianas. Pelourinho, Salvador, Bahia. Foto: Amanda Oliveira.

O Memorial das Baianas de Acarajé é um espaço dedicado à história e à tradição do ofício das baianas de acarajé. Contudo, essa compreensão memorial está também para além dessas paredes. Está nos largos e praças, nas festas populares, está na própria experiência de comer um acarajé, de sentar-se ao lado da baiana, de reconhecer o cheiro do azeite de dendê lá da outra esquina . O Memorial foi inaugurado no centro histórico de Salvador em junho de 2009. Como o nome sugere, o espaço é dedicado à tradição e história das mulheres que comercializam a comida típica da Bahia, feita com massa de feijão-fradinho e que leva pimenta, camarão seco, vatapá, caruru e salada.

Museu das Baianas. Pelourinho, Salvador, Bahia. Foto: Amanda Oliveira.

O local, registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Ministério da Cultura (Iphan/MinC) como Patrimônio Cultural do Brasil, conta com espaços expositivos e de documentação. O visitante encontra, por exemplo, adereços, artesanatos e alguns instrumentos gastronômicos utilizados por elas, uma maneira de salvaguardar o oficio, com a ideia de mostrar para a população e para os visitantes como é, como começou e até onde está indo a questão da profissão da baiana de acarajé, com fotos, objetos, indumentária e dois vídeos.

Serviço

Memorial das Baianas de Acarajé
Endereço: Cruz Caída, Praça da Sé – Pelourinho, Salvador – BA, 40301-155
Funcionamento: de segunda a sábado, das 10h às 16h.
Telefone: (71) 3322-9674