Colagem Preta – Artista plástica Keila Gondim

Religiosidade e estética negras inspiram arte digital

Artista plástica Keila Gondim elabora montagens afrofuturistas

Colagem Preta. Artista plástica Keila Gondim. Salvador Capital Afro. Foto divulgação.

Narrativas afrocentradas a partir de colagens digitais afrofuturistas em quadros, adesivos, ímãs, marcadores de texto, ecobags e camisas. É a proposta da empresa Colagem Preta (@colagem.preta), criada pela artista plástica e estudante de design da Universidade Estadual da Bahia (Uneb) Keila Gondim como forma de expressão pessoal durante o período da pandemia causada pela Covid-19.

“Fiquei sem trabalhar e sem estudar e comecei a desenvolver ansiedade. Então, foi uma forma de extravasar a angústia de ter que ficar parada em casa no período mais crítico do isolamento social”, contou a moradora de São Gonçalo do Retiro (região remanescente de quilombo).

A técnica da ilustração também fazia parte da mobilização de Keila em busca de exercer alguma atividade, mas a colagem acabou conquistando sua preferência. Todo trabalho é construído a partir de materiais coletados em bancos de imagens gratuitos, e o processo de produção de cada obra ocorre por meio de dois caminhos. Com o tema definido, a artista faz a pesquisa de elementos para montagem da imagem.

Há também a possibilidade de uma imagem chamar a atenção, antes de ter uma ideia formulada, e ser o início da elaboração da arte. A religiosidade de matriz africana e referenciais da identidade urbana da periferia em suas favelas são as inspirações das criações da artista, que destacam o poder e a beleza estética desses temas a partir da perspectiva negra de estar e ocupar o mundo. Todas as obras são enviadas para todo o Brasil. Os quadros custam de R$ 100 a R$ 350; as ecobags são vendidas por R$ 45; as camisas, R$ 70; a cartela com um adesivo, R$ 20; os marcadores de texto, R$ 5; e o ímã, R$ 5.

Serviço:

Colagem Preta
Conheça o trabalho Colagem Preta no Instagram: @colagem.preta