CHAMA: Coreografia para artistas incendiárixs

Praça 2 de Julho, S/n - Campo Grande, Salvador - BA, 40080-121
Ingressos:
R$ 10 (inteira)
R$ 5 (meia)
Agenda
Chama BTCA Foto FÁBIO BOUZAS
Chama BTCA Foto FÁBIO BOUZAS
Espetáculo Chama. Foto: FÁBIO BOUZAS
Chama Balé Teatro Castro Álves Foto: Fábio Bouzas.
Chama Balé Teatro Castro Álves Foto: Fábio Bouzas.

Se você tivesse poucos segundos para proteger algo de um incêndio, o que você traria consigo? Esta pergunta é o ponto de partida do espetáculo “CHAMA: Coreografia para artistas incendiárixs”, do Balé Teatro Castro Alves (BTCA), que volta a se apresentar nos dias 30 a 31 de dezembro (sexta a domingo), depois de ter estreado em dezembro de 2018 com três sessões esgotadas na própria Sala do Coro.

Os espetáculos são sempre às 20h, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves. Dirigida pelos coreógrafos Jorge Alencar e Neto Machado, a montagem tem como disparador o incêndio do Museu Nacional, ocorrido em setembro passado, no Rio de Janeiro, e aborda questões de memória, construção e reconstrução, questionando nossas atitudes diante de ruínas.

Os dançarinos atravessam escombros e desmontes para encontrar modos de permanência e resistência. Um museu em chamas, um teatro em ruínas, um antigo cinema do centro da cidade tornado estacionamento não são apenas metáforas: são o próprio corpo da destruição. Num Brasil em brasas, o corpo que arde e urge. E questiona: o que te incendeia? O que você atira na fogueira? O que se transforma com o fogo?

Na sala esfumaçada, os artistas são como um corpo de bombeiros ou um grupo de resgate, um conjunto de guarda-vidas cujos corpos também estão queimando. É uma emergência. Inclusive a de pensar nas políticas da memória, refletindo sobre aquilo que é lembrado e aquilo que é insistentemente apagado. Nesta coreografia brigadista, tudo é prática, corpo e oralidade, que não se dissolvem em tragédias. Esse é o chamado.

“CHAMA” é o 12º trabalho estreado pelo BTCA nos últimos quatro anos, fechando a lista de produções deste quadriênio, sob direção artística do dançarino, coreógrafo, produtor e professor Antrifo Sanches. No ano passado, a companhia, criada em 1981 e mantida pelo Teatro Castro Alves (TCA), Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), entrou na lista dos 10 espetáculos fundamentais de 2017 da revista Bravo!, com “Lub Dub”, uma outra criação realizada sob direção de coreógrafo convidado, o sul-coreano Jae Duk Kim.

Sobre Jorge Alencar e Neto Machado

Artistas de intensa atuação e reconhecimento na cena contemporânea baiana, com capilaridade nacional e internacional, os coreógrafos Jorge Alencar e Neto Machado foram convidados pelo BTCA para a direção, concepção e criação de uma nova montagem com o elenco da companhia pública de dança da Bahia: uma troca entre artistas de um mesmo contexto espaço-temporal, na valorização da atual produção em dança no estado. A dupla cria com dança, teatro, audiovisual, comunicação, curadoria, escrita e educação, sendo também integrantes do Dimenti, coletivo baiano de criação e produção com 20 anos de trajetória.

Serviço

CHAMA: Coreografia para artistas incendiárixs
Balé Teatro Castro Alves
Quando: 30 e 31 de janeiro de 2019, 20h
Onde: Sala do Coro do Teatro Castro Alves
Quanto: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Classificação indicativa: 12 anos

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