Acervo virtual de memórias da vida e obra de Reinaldo Eckenberger

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“Onde está Eckenberger Inventário de uma vida. Foto Agnes Cajaiba
“Onde está Eckenberger Inventário de uma vida. Foto Agnes Cajaiba
“Onde está Eckenberger Inventário de uma vida. Foto Agnes Cajaiba

Projeto mergulha no universo do artista Reinaldo Eckenberger e organiza acervo virtual

A plataforma será lançada em abril de 2021

“Onde está Eckenberger Inventário de uma vida. Foto Agnes Cajaiba

Cadernos, rascunhos, ferramentas, álbuns de fotografia, livros, documentos, obras em processo, objetos pessoais do artista visual Reinaldo Eckenberger (1938 – 2018) estão sendo reunidos, organizados, desempoeirados, listados e mapeados pela artista visual Elena Landinez e pela gestora cultural Luisa Hardman, para a realização do projeto “Onde está Eckenberger? Inventário de uma vida”.

“O projeto é um convite a adentrar o mundo do artista Reinaldo Eckenberger como quem escava e encontra uma amontoado de importâncias e desimportâncias – restos, rastros e retalhos de uma vida. É um convite às arqueologias da invenção, a partir de um acervo de miudezas e grandezas relacionadas ao seu ofício criativo, sua prática intelectual e seu universo pessoal”, afima a gestora cultural Luisa Hardman.

O objetivo deste trabalho, que desde de janeiro movimenta a casa-atelier do artista, na Rua do Passo, 68, Centro Histórico de Salvador, é a criação de um acervo virtual de memórias da vida e obra de Reinaldo Eckenberger. A plataforma virtual será lançada em abril de 2021, e nela será possível navegar por uma diversidade enorme de objetos, materiais e pertences do artista, que foram registrados e digitalizados para compor o acervo, que contará também com vídeo-depoimentos da rede afetiva de Eckenberger, compartilhando memórias pessoais e perspectivas críticas sobre sua obra.

“Na ocupação do seu atelier, adotamos como princípio organizador a dimensão do cuidar, experimentamos modos poéticos de sistematizar um inventário sensível e intuitivo, respeitando os detalhes e suportes que ele mesmo apresentava. Recebemos seus amigos, nos questionamos sobre datas e parentescos, relembramos histórias e nos emocionamos, como não?”, explica a artista visual Elena Landinez.

A coordenação geral do projeto é compartilhada entre a artista visual Elena Landinez e a gestora cultural Luisa Hardman; a identidade visual e o site estão sendo concebidos pela TANTO Criações Compartilhadas e o material audiovisual está sendo produzido pela pesquisadora Agnes Cajaíba.

Quem é Reinaldo Eckenberger

Um artista singular na história da arte da cidade de Salvador e da Bahia. Faleceu em 2018, não deixou filhos ou parentes na cidade, mas amigos, parceiros e artistas admiradores de uma obra diversa e expressiva, plena de memórias, afetos, e sobretudo, uma casa e atelier preenchidos de rastros da sua vida criativa – livros, ferramentas, obras, documentos, rascunhos de obras e peças inacabadas. Filho de alemães, Eckenberger nasceu em 6 de novembro de 1938, em Buenos Aires (Argentina).

Estudou Arquitetura, optando depois pelas Artes Plásticas. Frequentou durante dois anos a Escola Superior de Belas Artes. Cursou Cenografia no Teatro Colon, Buenos Aires. Em 1965 chegou à Bahia, com um especial interesse pelo Barroco, fixando residência em Salvador. Recebeu o 1º prêmio de pintura, na 1ª Bienal Nacional de São Paulo. Realizou a sua primeira exposição individual, Luxo e Lixo, Lixo e Luxo (1966), em Salvador.

Na década de 70, realizou duas exposições: Poparrocolagens (1970) e Ambiente Bonecafônico (1976). Na Europa, o artista expõe na Galeria Bimba Harmes, Madrid (1969); na Sala del Arte Moderno, Barcelona (1970); na Galeria Der Turm – Bonn, Alemanha (1970); no Taller de Picasso, Barcelona (1973) e no Atelier Jacob, em Paris (1975). Na última fase de sua trajetória, (1994-2017) Eckenberger dedicou-se à criação de objetos híbridos, bibelôs, a partir da união da cerâmica.

Das principais exposições individuais destacam-se em 2016 (Caixa Cultural Salvador) e 2017 (Caixa Cultural Rio de Janeiro). Obras e acervos do artista estão no Museu Oliva CreativeFactory, SJM (Porto, Portugal).

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